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14 de fevereiro de 2024

O Windows 8 pós suporte

 [ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 17/02/2024]


Aviso: Recomendável conexão estável com internet para apreciar o artigo com mais tranquilidade.

Logotipo do Windows 8.x, sendo que a marca em si foi remodelada buscando o resgate do conceito de janela em si (já que, desde o XP, o logo dava mais impressão de bandeira do que deveria) e atender a nova estética mais clean, de forma que foi reaproveitado, mais tarde, no Windows 10.

Introdução

Não é a primeira vez que falo do Windows 8 por aqui. Durante a fase experimental do blog, 10 anos antes deste artigo, eu fiz um breve resumo sobre esta versão do SO da Microsoft até aquele momento, que tinha a dura tarefa de suceder o então popular e querido até hoje Windows 7 e, ao mesmo tempo, dar novos rumos ao ecossistema Windows, que já estava começando a perceber a estagnação do mercado de computadores de mesa bem como a ascensão dos dispositivos móveis, tentando atrair os crescentes usuários do segundo para o primeiro, além de oferecer diferenciais audaciosos que a Microsoft ainda não tinha tentado, como o lançamento de sua própria linha de laptops Surface, ainda em 2012, além do novo console de videogame Xbox One, em 2014, além da aquisição da então gigante do segmento mobile Nokia, em 2011 (que já estava em declínio por causa do crescimento do Android) e da aposta da linha para smartphones Lumia e o Windows Phone 8.x.

Contexto Histórico

Durante o artigo, hoje considerado depreciado, a Microsoft havia acabado de lançar o Windows 8.1 e estava prestes a ganhar seu primeiro pacote de atualização de recursos, em Abril de 2014, o que ficou conhecido como Update 1 (ganharia outros dois, um em Agosto e outro em Novembro daquele ano - bem mais modestos, mas onde a empresa de Redmond atualizou as imagens de instalação pela última vez).


Antes de prosseguir, é preciso destacar alguns movimentos que foram usados primeiramente no Windows 8: até então, a Microsoft lançava pacotes de atualizações de recursos conhecidos como Service Packs, para adicionar novas funções testadas num determinado intervalo de tempo (sendo que, no passado, durante a ascensão da Internet, entre o NT 3.x e o Windows XP SP1a, eles eram a principal fonte de agrupamentos de atualizações - inclusive de segurança - numa época em que o Patch Tuesday não existia - só começaria em Outubro de 2003 - e por isso as versões NT 3.5 e NT 4, por exemplo, chegaram a ter mais de 6 Service Packs) e que tiveram um tratamento especial a partir do Service Pack 2 do XP até o SP1 do Windows 7, graças à popularização da Banda Larga, mas que tinham um porém: não faziam alterações drásticas na parte central do sistema, onde até o XP utilizava a mesma compilação base e o Vista e o Seven só revisavam em 1 a 3 o número da compilação (de 6000 para 6003 ou 7600 para 7601, respectivamente), o que era, na prática, algo mais protocolar do que significativo, a fim de não quebrar demais a compatibilidade entre programas e drivers, já que não era essa a intenção, mas sim adicionar pequenas melhorias de recursos e segurança).

Aliado à isso, o desenvolvimento de novas compilações era algo de acesso bastante restrito e limitado a alguns desenvolvedores e entusiastas, cujas novidades eram pouco divulgadas até então e numa época pré-Azure, onde o Windows ainda era o principal produto, a Microsoft limitava o acesso ao código e teste de recursos, sendo que, em casos como os projetos Neptune e Longhorn, evidenciaram limitações técnicas para evoluir o SO de forma mais progressiva, obrigando a empresa a ter que dar passos para trás em mais de uma ocasião.

Mas isso mudou com o Windows 8, onde, em 2011, a Microsoft já divulgava com mais publicidade os seu planos para o futuro do Windows e culminou, no primeiro semestre do ano seguinte, com a liberação de versões preliminares públicas (a Developer e a Consumer Preview), permitindo que mais pessoas tivessem acesso às novidades que estavam por vir, sendo o primeiro passo para tornar o desenvolvimento do Windows um pouco mais transparente e acessível, levando ao lançamento do projeto Insider, em Outubro de 2014, fazendo com que o lançamento de compilações ficasse muito mais frequente, o que acelerou muito a evolução do sistema operacional, mesmo sendo proprietário e de código fechado, como nunca se tinha visto desde o lançamento do Windows em 1985.

Onde eu quero chegar? Considerando o salto significativo nas compilações do Windows 7 para o 8 (de 7600 para 9200), provando o quão ambicioso eram os planos da Microsoft, ainda no final de 2012, já com os primeiros feedbacks, a empresa já tinha planos para lançar um "sucessor", porém nada tão grandioso como ela fazia até então (geralmente em intervalos de três anos) e, ao mesmo tempo, nem tão restrito quanto o modelo de Service Packs, cujo projeto ficou conhecido como Windows Blue, que se tornaria, em Outubro de 2013, o Windows 8.1, mudando a versão do kernel de 6.2 para 6.3 e saltando a compilação para 9600, onde, sim, houve uma quebra de compatibilidade, mas permaneceu em linha com o que o Windows 8 tinha começado (mais ou menos tal como foi o 2000 para o XP ou o Vista para o Seven) e acabou se tornando uma atualização gratuita para os usuários (vale ressaltar que o Windows 8 foi a primeira tentativa mais agressiva da Microsoft em tornar o upgrade mais acessível para usuários de versões anteriores do sistema, disponibilizada para os usuários do Seven por apenas 69 reais no Brasil durante um período limitado - considerando que a licença do Pro, na época, era cerca de 750 reais para a versão completa) na época via Windows Store (conforme mostrado acima - falarei mais sobre ela adiante) e iniciou uma "tradição" que permanece até os dias de hoje com as atualizações majoritárias dos Windows 10 e 11 (iniciado com a versão 1511, onde passaram a ser disponibilizadas via Windows Update, cujo intervalo chegou a ser de apenas 6 meses de uma versão para outra).

Voltando para 2014, aliado aos lançamentos dos Updates Rollups para o 8.1, já começavam a aparecer os planos para, o que se pensava inicialmente, uma nova atualização majoritária, cuja imprensa especializava já especulava como sendo o Windows 8.2, o que não se confirmou, mesmo com o lançamento da primeira compilação do Windows Insider, a 9841, cujo núcleo era informado como NT 6.4, o que aumentou a expectativa para a possibilidade de algo mais grandioso, onde, nesta altura, já se sabia que o Windows 8.x não tinha caído nas graças do público, e começou a se falar de um possível Windows 9, nunca confirmado pela Microsoft, até que chegou o fatídico dia 21 de Janeiro de 2015, onde as verdadeiras intenções da empresa foram divulgadas: assim veio à público o Windows 10, que seria uma nova versão, sem relações diretas com a anterior, focada num ambicioso plano de convergência entre diversos dispositivos e seria uma atualização gratuita para os usuários do Windows 7 e 8.1.

Essa ruptura ficou evidente nas compilações lançadas após o evento, onde o kernel mudou para 10 e vários elementos desenvolvidos até então foram descartados e refeitos (aqui cito ícones, papéis de parede e uma versão preliminar de um novo Menu Iniciar, sendo este último disponibilizado exclusivamente para o Windows RT em Abril de 2015 como Update 3 - conforme mostrei no começo do tópico - e, descoberto posteriormente, está escondido na versão final do Windows 10 RTM/1507, conforme mostrado acima, sendo um tanto diferente - inclusive por baixo dos panos* - do que se tornaria na versão final). (*) Se quiser entender melhor, leia sobre DirectUI e XAML.

Mesmo com o lançamento do Windows 10 e o 8.1 sendo suportado até Outubro de 2023 (embora percebeu-se um certo descaso da Microsoft antes disso, como a Loja abandonada e poucas adições de recursos, semelhante ao que o Vista passou nos seus últimos anos de suporte), o código do Windows 8 continuou sendo suportado, mesmo após o fim oficial, em Abril de 2016, graças às suas outras edições, como a linha Embedded - até Julho de 2023 - e a linha Server 2012, com suporte até Outubro de 2023, onde, também semelhante ao SO de 2006, entusiastas poderiam manter o sistema atualizado com as últimas atualizações de segurança, cujo suporte ganhou uma inesperada extensão, graças ao plano Extended Security Updates - ou ESU - para condições especiais e bem restritas na manutenção do sistema até Outubro de 2026.

Dito tudo isso, este artigo irá focar nos recursos e curiosidades sobre o Windows 8 após o fim do seu suporte oficial, podendo fazer algumas comparações com o 8.1 ou versões mais recentes do SO da Microsoft, porém FOCANDO na versão de 2012. Dessa forma, NÃO RECOMENDO DE FORMA ALGUMA SEU USO EM PRODUÇÃO, JÁ QUE ELE É UM SISTEMA SEM SUPORTE OFICIAL E, COMO PODERÁ SER VISTO AO LONGO DO ARTIGO, MUITOS PROGRAMAS E RECURSOS JÁ NÃO FUNCIONAM OU NÃO SÃO ATUALIZADOS, PODENDO CAUSAR PROBLEMAS DE SEGURANÇA OU OUTROS INCONVENIENTES; CASO USE PARA TESTES, FAÇA POR SUA CONTA E RISCO.

Instalação

A primeira mudança no assistente já começa no carregamento dos arquivos na memória RAM. A imagem acima foi extraída do Server 2012 (que ainda manteve a tela de carregamento que vemos desde o Vista, mas agora com o texto "Loading files" justificado à esquerda), já que, a partir do Windows 8, é exibido, logo de cara, a tela de inicialização (que eu mostrarei daqui a pouco) com um delay até a animação de carregamento do sistema ser exibida (que é exatamente o tempo do procedimento acima). Aproveito para destacar, de cara, que o Windows 8 foi a primeira versão a suportar nativamente o modo UEFI e o Secure Boot, que substituía a experiência legada das antigas BIOS e protegia o computador contra vírus que utilizam o sistema de inicialização.


O instalador, por si só, não mudou muito desde o Vista, o que já na época era visto com algum estranhamento pelos críticos e entusiastas mais detalhistas (como pode ser visto na borda da janela, que mantém o mesmo visual do Aero Basic) e permaneceu com poucas alterações até 2024, onde a Microsoft finalmente atualizou o instalador para as novas versões do Windows 11. Por ora, já posso adiantar uma característica do Windows 8.x: o título da janela centralizado, algo não visto desde o Windows 3.x.



Fora isso, não tem muito o que destacar do processo de instalação. Em determinadas versões distribuídas pela Microsoft, é possível encontrar a tela de inserção obrigatória de serial (bem mais simplificada em relação ao Vista e o Seven) do contrário, ela só será sugerida na parte de configuração inicial; no mais, o último slide mostra a parte da cópia e expansão dos arquivos do 8.1, sendo que o texto do 8 é semelhante ao do Seven, dizendo "Isto é tudo que precisamos agora" e que seria ainda mais simplificado em versões do Windows 10, onde o texto foi substituído para um simples "Status da instalação".



Mas uma mudança radical foi a seção de Recuperação, totalmente remodelada para os padrões de design do Windows 8.x que, ao longo do tempo, recebeu mais recursos, contudo, permanece praticamente inalterado mesmo nas versões mais recentes do Windows 11. E, nos três últimos slides, caso o computador não iniciasse corretamente de forma consecutiva, o sistema aciona o modo automático de diagnóstico, dando a opção de acessar estas configurações avançadas.


Após a reinicialização, temos uma das mudanças mais icônicas: a tela de inicialização com o logo do Windows e a animação de carregamento, onde pouco mudou mesmo nas versões mais recentes do Windows 11, já aprimorada para telas com resolução 1024x768, introduzido pelo Seven (menor que isso, será usada como contingência a tela do Vista, também presente nas compilações mais recentes até a data de publicação deste artigo). Vale ressaltar que, em computadores mais modernos com firmware UEFI, as fabricantes poderiam customizar seus próprios logotipos no lugar da logomarca do SO da Microsoft.

Contudo uma mudança em relação ao Seven foi a segunda parte da instalação, agora revertida para uma versão mais esticada (ou espremida, dependendo da resolução) da tela de inicialização, com a mensagem Preparação dos dispositivos, cuja função ainda é a mesma: instalação dos drivers (onde a tela ainda pode piscar em um instante).

Em seguida, temos a famigerada frase Preparando-se, onde ocorre o resto da instalação (registro, menu iniciar e outros processos menores) e então o sistema reinicia novamente sem prévio aviso (até o Seven, o assistente avisava que "A Instalação continuará após reiniciar o computador").


Após a reinicialização, podemos ver o assistente de configuração remodelado, dando para perceber vários elementos da estética do Windows 8.x, como o tamanho das fontes, chaves de seleção de item, caixa de texto, ícone de voltar e botões). De cara, pode-se escolher a cor para a nova tela Iniciar (que falarei daqui a pouco), em seguida, as Configurações rápidas (onde, na época, a Microsoft ainda dava a liberada para configurar vários itens de privacidade que foram minguando ao longo dos anos); a empresa já tentava empurrar uma nova forma de se autenticar no Windows, usando a Conta da Microsoft (antigo MSN/Hotmail/Live) que, convenhamos, é mais seguro que o clássico método de Conta Local porém é mais intrusivo e traz consigo uma integração mais profunda e, talvez, menos privativa, ao sistema; contudo ainda era opcional e não obrigatório como se tornou no Windows 11 e, como dá para perceber, o processo já não funcionava antes mesmo do final do suporte.



Uma das notáveis novidades do Windows 8.x foi a introdução de um tutorial para indicar a última etapa da instalação do sistema (substituindo a frase Preparando a Área de Trabalho das versões anteriores) onde, baseado no que foi feito no passado, aproveitou para indicar informações ao usuário sobre o novo sistema; onde, apenas no Windows 8, ela apresentou ao usuário como utilizar as novas interfaces do sistema (para tablet era de uma forma e para mouse e teclado era outro); em seguida, uma característica da série 8.x, são as mensagem em fundo com transição colorida (no Windows 10 foi revertido para tons de azul e no Windows 11 usa uma animação temática) e, no final, termina com Vamos Começar (nas versões mais recentes do Windows 10 a mensagem foi alterada para Quase Pronto).


Tela Iniciar

Uma das maiores e controversas mudanças do Windows 8 é, sem dúvida, a substituição do bom e velho Menu Iniciar pela Tela Iniciar, que seria o ambiente principal para acesso ao sistema, deixando a Área de Trabalho como um dos componentes dela (o que foi parcialmente revertido no 8.1). Junto a isso, a Microsoft tentou introduzir uma nova forma de uso do sistema, através da Barra Charms, que concentraria as funções básicas para uso com a experiência (que detalharei a seguir), bastante focada no uso para telas sensíveis ao toque (o que, por sua vez, provou-se inconveniente para uso com mouse).

Uma curiosidade é que, clicando no botão de menos bem no canto inferior direito, você teria uma versão miniaturizada da tela, o que, na prática, não parece muito útil.

Ao clicar sobre o usuário, aparecem as opções relacionadas, semelhante ao que já existia nas versões anteriores do Windows.

A Tela Iniciar, em si, é uma área para agrupamento dos apps preferidos ou mais usados em blocos, onde, principalmente, os apps da Microsoft, eles agiam como Widgets (e, de certa forma, são sucessores dos antigos Gadgets, que falarei mais adiante), mostrando informações adicionais (por exemplo, o aplicativo de Clima poderia mostrar informações detalhadas da previsão do tempo de uma cidade sem precisar abri-lo). Dessa forma, para acessar a relação total de aplicativos disponíveis, pelo menos no Windows 8, tinha que clicar com o botão direito do mouse para aparecer a opção Todos os aplicativos.

A seção Todos os aplicativos servia para mostrar, não só os novos aplicativos criados para o Windows 8, mas também servia para exibir os programas feitos para uso na bom e velha Área de Trabalho numa estrutura semelhante ao que o antigo Menu Iniciar exibia. Aqui aproveito para mostrar a nova seção de pesquisa, que, na prática, funciona de forma semelhante às versões anteriores do Windows.


A seção Compartilhar ainda não funcionava como forma independente, da forma que conhecemos e, no caso do Windows 8, só abria durante os aplicativos, sendo apenas no Windows 10 que esta seção começou a tomar mais forma e tentar ser uma alternativa ao compartilhamento que existia no Windows.

Mesma coisa para a seção Dispositivos, que ainda não era algo como a opção Dispositivos e Impressoras do Painel de Controle, também só tomaria forma no Windows 10.


A opção Configurações era uma seção intermediária com opções e informações básicas, como Rede, Volume, Brilho, teclado e, pelo menos no Windows 8, a opção principal para Desligamento do computador.


No caso do volume, a opção mostrada acima ainda era exclusiva desta seção, sendo que, ao clicar no ícone de volume na Área de Trabalho, ainda utiliza o mesmo padrão usado no Windows 7.

O Windows 8 (da mesma forma que o Phone 8.0) ainda não tinha uma central dedicada à notificações, como seria tomado forma somente a partir do Windows 10 (na verdade foi introduzido ainda no Phone 8.1, porém a Microsoft esqueceu de implementar para sua contraparte de Desktop), mas já oferecia uma opção de silenciamento, ainda que de forma básica.

O ajuste de teclado foi uma das modificações que foi expandido, inclusive para a Área de Trabalho.


Ao passar o mouse pelo outro lado da tela, revela-se uma outra barra, que nada mais é que o modo multitarefa, controlando o acesso aos aplicativos abertos e a Área de Trabalho, podendo fechar o aplicativo arrastando para o lado.


Com a pressão dos usuários, a Microsoft foi obrigada a fazer várias mudanças no funcionamento da Tela Iniciar no Windows 8.1. Além de não ser mais o acesso obrigatório (podendo iniciar direto na Área de Trabalho), ela adicionou mais opções e tamanhos de blocos, adicionou um botão mais visível para Todos os aplicativos e, a partir do Update 1, ela adicionou os botões de Desligamento e Pesquisa ao lado da informação de Usuário.

Antes de passar para o app de Configurações, é preciso ressaltar uma das características dos novos aplicativos criados para o Windows 8 (conhecidos durante o desenvolvimento como Metro e oficialmente chamados como Modern), que utilizam um novo modelo de desenvolvimento, padrões e design, de forma a se distanciar dos clássicos programas e ter um acesso de memória mais controlado e seguro: um splash de abertura onde, internamente, estão sendo carregados os recursos básicos para funcionamento do app e, por isso, a Microsoft foi obrigada a adicionar uma forma de mascarar esse delay. A tela acima é do Windows 8.1, onde uma outra novidade foi a inserção de uma barra de títulos específica para estes aplicativos, de forma a facilitar funções como minimizar ou fechar; contudo, obrigatoriamente tinha que funcionar em tela inteira (o que só foi mudar a partir dos betas do que viria a ser o Windows 10). 


O app de Configurações foi criado para ser uma alternativa ao clássico Painel de Controle e foi o primeiro passo da Microsoft para tentar substituí-lo, embora sem grande sucesso até os dias atuais.  Como dá para perceber, ainda tinha poucas opções e o design não era dos melhores. Vale ressaltar que, pela primeira vez, ela adicionou uma trava na seção de personalização, caso o Windows não estivesse ativado, sendo facilmente burlado pela sua contraparte clássica.


A versão do app para o 8.1 já trouxe alguns aprimoramentos em relação ao 8, com mais configurações e visual um pouco mais coeso e atraente, mas ainda muito aquém do necessário para substituir a antiga seção de configurações presente desde os primórdios do Windows.



Outra grande novidade introduzida no Windows 8 foi a Loja de Aplicativos, a fim de imitar a experiência que nós conhecemos nos dispositivos móveis e foi uma das primeiras coisas que a Microsoft começou a desenvolver para o sucessor do Windows 7, ainda em 2010. Como dá para perceber, nem no 8 nem no 8.1 a Windows Store funcionou em meus testes. Vale ressaltar que a empresa de Mountain View fez várias tentativas para tornar a loja atrativa, mas a ruptura de apps que teve do 8 para o 8.1 e o desenvolvimento de uma loja paralela com novos padrões de desenvolvimento para o Windows 10 tornaram as versões da série 8.x ultrapassadas em pouco tempo e, aliados aos frequentes problemas para acessar a loja e atualizar os apps, aliada a uma experiência não tão intuitiva, a maioria dos usuários nunca passou muito perto do app (talvez para baixar os jogos disponíveis e olhe lá...). Vale ressaltar que a Loja no 8 exibe a mensagem vista no slide 4, mostrando que não era mais suportada, enquanto no 8.1 é a tortuosa percepção do abandono, onde nem se autenticar é possível. Por último, quero destacar uma função do último slide, onde, ao acessar as Configurações na Barra Charms com um aplicativo aberto, é disponível, ao invés das configurações normais do computador, as opções específicas do aplicativo, incluindo uma versão bem básica e preliminar de gestão de permissões.


Área de Trabalho

Esta é a Área de Trabalho no Windows 8.x. Claro que a mudança mais sentida para os usuários do Windows 8 foi a ausência do menu iniciar, que sempre foi um elemento icônico do SO da Microsoft desde sua introdução, no Windows 95, e, pelo fato de não ter sido bem aceito, a empresa foi obrigada a trazer, ao menos, o botão de volta no Windows 8.1 e o menu, em si, somente voltou a dar as caras a partir do Windows 10, conforme já citado anteriormente.


E. como consequência, esta mudança teve impacto nas Propriedades da Barra de Tarefas, onde a guia dedicada ao Menu já não estava mais ali.


A Janela de informações do sistema também recebeu alguns polimentos, a começar pelo ícone, agora muito maior (lembrando que tanto o 8 quanto o 8.1 ficaram identificados como Windows 8), sendo também marcado pela presença do índice de Experiência pela última vez no SO de 2012, sendo que ele ainda está no sistema nos dias de hoje, porém escondido e seu uso só possibilitado por aplicativos de terceiros, como o WinAero Tweaker.


Mais uma grande e bem vinda novidade foi o Windows Explorer (agora chamado de Explorador de Arquivos) remodelado com base na interface Ribbon (a mesma do Office a partir da versão 2007, semelhante ao visto no Paint e Wordpad no Windows 7), tornando ele mais detalhado na hora de buscar os recursos básicos, agora classificados pela faixa de opções (ainda que poucos utilizassem todo o potencial, o que explica a reversão do visual a partir do Windows 11), com botões de funções na barra de títulos, além de uma seção Arquivo, onde destaco a opção de abrir o Prompt de Comando ou o Windows Power Shell inclusive como Administrador (infelizmente o primeiro foi removido durante as versões mais recentes do Windows 10). Além disso, destaco no slide 1 a seção Bibliotecas, herdada do Windows 7, que foi parcialmente removida a partir do 8.1. No mais, o visual abaixo do Ribbon é pratiamente a mesma base vista desde o Visita e o Seven.


 Contudo, é possível reverter o visual da barra de ferramentas para o formato do SO de 2009 usando o Ribbon Disabler, feito pelo WinAero.



Outro clássico programa que recebeu uma agressiva repaginada foi o Gerenciador de Tarefas. Ao abrir pela primeira vez, ele aparece num modo simples, mas, ao clicar no botão Mais Detalhes é que se pode ver o quanto mudou, estando mais detalhado, com uma seção Desempenho totalmente remodelada, além de uma seção de Histórico de Aplicativos abertos, dedicado aos apps Modern; a seção Inicializar, movida do legado Utilitário de Configurações do Sistema (msconfig), além das guias que já existiam, como Usuários, Detalhes (o antigo modo de processos) e Serviços.


Sobre o msconfig em si, ao tentar acessar a Guia Inicialização de Programas, esta era a mensagem que ele exibia, redirecionando exatamente para o Gerenciador de Tarefas (ainda presente nas versões mais recentes do Windows 11).

Outra mudança relevante foi a substituição dos antigos balões de notificação por mensagens no canto da tela, deixando o sistema mais moderno (eles ainda existam, graças à Central de Ações, que era a mesma do Seven).

Junto a isso, algumas telas, como o BitLocker, a Reprodução Automática também foram repaginadas para este padrão e outras interações, como "Você tem um novo programa para exibir este arquivo" foram adicionados e, por incrível que pareça, permaneceram inalterados até as versões mais recentes do Windows 11.


Mais uma novidade foi a atualização da janela de progresso de transferência de arquivo, que foi modernizada, exibindo mais informações, em sua forma detalhada, com destaque no gráfico de desempenho da transferência, além da opção de pausar, que não existia anteriormente.

Ao rodar pela primeira vez ou, se desejar, há um modo simplificado, conforme mostrado acima (Lembrando que a versão do progresso do Seven continua no sistema, ao fazer determinados procedimentos, como a exclusão de cache do IE e, além disso, a janela de transferência do XP ainda era utilizada para transferência de drivers, sendo um bom exemplo dos problemas de consistência do Windows).

Outra novidade introduzida no Windows 8 foi um antivírus nativo, sem a necessidade de instalar um programa de terceiros. Através do Windows Defender, agora aprimorado, herdando o visual do antigo Microsoft Security Essentials, além da função de antispyware, ele passou a contar com a opção de antimalware e outros recursos relacionados, como o Firewall agora integrado a ele, buscando resolver um velho problema da Microsoft de questão de segurança de seus produtos, onde, apesar de não tão bem visto pela crítica especializada na época, o programa foi se tornando mais robusto e confiável com o tempo, ao ponto de fazer frente às principais concorrentes do mercado, consolidadas há várias décadas.

O WordPad é, basicamente, a mesma versão do Windows 7 (e assim permaneceu até o Windows 11, quando foi descontinuado a partir da versão 24H2).


Mesma coisa para o Paint, que teve um pouco mais de sorte: a Microsoft até tentou abandoná-lo em 2019, mas a pressão dos fãs fez com que ela mantivesse o clássico programa desde os primórdios do Windows (que se sobressaiu, inclusive, perante alternativas criadas, como o FreshPaint, ainda durante o Windows 8, e o Paint 3D, uma versão criada para lidar com imagens tridimensionais que acabou não se popularizando), onde ela finalmente modernizou o app a partir do Windows 11.


O Editor de Registro também não sofreu alterações no Windows 8, nem mesmo no ícone, herdado do Windows 95 (este só receberia novidades a partir do Windows 10 1803, onde recebeu uma bem vinda barra de caminho).

O DirectX, framework para jogos, recebeu pequenas revisões no Windows 8, mas permaneceu na versão 11.1, sendo que a majoritária seguinte, lançada no Windows 10, diferente dos SOs antecessores, não foi disponibilizada para a série 8.x.

O Windows Installer também permaneceu na versão 5.0, sem grandes novidades (este só receberia pequenas alterações a partir do Windows 11, como a substituição do velho ícone herdado do Windows 2000).

O Painel de Controle é, praticamente, a mesma versão do Seven, apenas com pequenas mudanças não muito significativas, onde já era o primeiro sinal de que a Microsoft estava querendo depreciá-lo em favor de uma opção mais moderna (porém ela só foi ser mais agressiva na, até agora, malsucedida tentativa de transição, a partir do Windows 10 1607, onde ela começou a remover diversos recursos e movê-lo para as Configurações).


Neste mesmo caminho, o Windows Update também praticamente não sofreu mudanças (o mecanismo foi atualizado para a versão 8), exceto pelo novo ícone, mais sóbrio, já que a Microsoft estava tentando desenvolver uma nova experiência nas Configurações, a que se tornaria a única opção a partir do Windows 10. Além disso, o Windows 8 foi a última versão do sistema a disponibilizar dois versionamentos de atualizações, conhecida como GDR (General Distribution Release, para atualizações de segurança, mantendo as revisões das compilações entre 16384 a 20XXX) e LDR (atualizações de qualidade e recursos/hotfixes, de 21XXX a 25XXX). Para baixar a relação completa e correta, de forma a manter o sistema atualizado com todos os hotfixes, clique aqui.


Uma inconveniente adição feita pela Microsoft foram os popups de tela inteira, informando a disponibilidade de atualizações (algumas delas, inclusive, não é nem possível ignorar).

Da mesma forma, o instalador autônomo (WUSA) também permanece praticamente com a mesma função desde o Vista, sendo a única mudança aparente a mostrada na imagem acima, onde ele possui um ícone de aviso com o título do componente em destaque, sendo redundante já que é a mesma informação mostrada no título da janela.


Embora tenha permanecido com o mesmo visual do Windows 7, o Conector de Área de Trabalho Remota recebeu aprimoramentos internamente, suportando novos recursos de segurança e aprimoramentos, chegando à versão 8.0 (nesta época, a Microsoft já estava começando a testar uma versão moderna do app, sempre com evolução gradual e, até a data de publicação deste artigo, ainda não tinha deixado de ser algo alternativo).


Com o Windows Media Center não disponível por padrão no Windows 8.x (conforme falarei daqui a pouco), a Microsoft resolveu incluí-lo como uma edição específica do sistema e nisso consiste a tela acima, que nada mais é que uma versão repaginada do antigo Anytime Upgrade, permitindo a gestão de edições, seja do Home para o Pro ou do Pro para a Pro com Media Center.

Sobre a parte de temas, a Microsoft fez duas grandes mudanças: além de remover o tema clássico (ainda está no Windows, mas em camadas mais profundas do sistema, precisando desativar o compositor de temas, o DWM, num processo complicado e arriscado), ela também praticamente extinguiu todos os recursos do Aero (a visualização 3D e, principalmente, a transparência, que chegou a ser testada nos betas do Windows 8, mas foi descartado pela Microsoft antes da versão final - provavelmente para não estabelecer comparações com o Windows 7), deixando ele translúcido e sem bordas arredondadas, contudo, adicionando um bem vindo recurso de alternância de cores de acordo com o painel de parede (aprimorado no 8.1, com mais cores) e, praticamente depreciando o recurso de proteção de tela (ainda está escondido, por razões de compatibilidade, podendo ser útil em telas OLED ou velhos CRT jogados em algum canto).


Para "substituir" o tema clássico, a Microsoft até criou um tema chamado Aero Lite para o Server 2012, podendo também ser habilitado na versão para consumidor através do WinAero Tweaker, embora não seja a mesma coisa, estando mais próximo dos temas de alto contraste do que do tema clássico conhecido desde o Windows 95.


Outra mudança introduzida no Windows 8 foi a verificação de erros dos dispositivos de armazenamento, estando mais simples e menos transparente.


Isso também afetou o comando chkdsk, que também é mais objetivo na exibição das mensagens e agora o reparo na inicialização só é resumido em uma linha abaixo da animação do carregamento do boot.


O Desfragmentador de Discos, embora seja praticamente o mesmo do Windows 7, ele teve uma ligeira mudança de funcionamento, já focando na ascensão do uso dos SSDs - Disco de Estado Sólido, onde a desfragmentação em si é redundante e só funciona em cenários específicos, sendo a otimização dos componentes a manutenção padrão de seu funcionamento.

Por razões de compatibilidade, a Microsoft manteve uma versão de Ajuda e Suporte, que teve alguns polimentos e, basicamente é a mesma versão do Seven, sendo depreciado a partir do Windows 10.


Outra mudança relevante foi no teclado do Windows, estando bastante repaginado e pensado para uso com tablets, tendo dois modos, sendo o acima para o uso clássico de acessibilidade.


E este é o modo pensado para uso em telas sensíveis ao toque, considerado uma das primeiras grandes implementações da Microsoft pensado em um ambiente que não fosse computadores de mesa, desde a fracassada tentativa do projeto TabletPC e que seria aprimorado no Windows 10 com suporte a emoji e outros polimentos.


O Windows Media Player, a partir do Windows 8, permaneceu na mesma versão do 7 e praticamente não teve mudanças e esteve abandonado desde então, em favor da versão Modern que a Microsoft tentou emplacar, através do Xbox Music, passando pelo Groove Music no Windows 10 e chegando na atual versão do Reprodutor de Mídia introduzido no Windows 11, tornando oficialmente o velho programa como legado (inclusive adicionando no nome do programa), porém os novos apps ainda carecem de recursos presentes somente no velho programa, como legendas, visualizações alternativas, reprodução DLNA, entre outros.


E, como foi dito anteriormente, o Media Center não estava presente originalmente no sistema, precisando adquirir uma licença especial para habilitar o recurso (ela até chegou a disponibilizar chaves gratuitamente, no início de 2013, para quem já possuía o Windows 8 normal), sendo no 8.1 a última vez em que o recurso esteve disponível oficialmente (este até chegou a aparecer em alguns betas do Windows 10, mas o software era praticamente o mesmo disponível no Windows 7 e a Microsoft já tinha divulgado que o desenvolvimento estava abandonado).

Internet Explorer

Por incrível que pareça, mesmo já enfraquecido por conta dos erros do passado e pela concorrência pesada do Google Chrome, o hoje finado navegador ainda tinha certa popularidade nos Estados Unidos e no Japão durante a época de lançamento do Windows 8 e a Microsoft ainda acreditava nele, ao ponto de trazer novidades, inclusive algumas exclusivas da série 8.x.



É claro que estamos falando de uma versão modern do browser, otimizada para uso com tela sensível ao toque. Contudo, o navegador é bem simples, com opções básicas (mesmo para a época) e herdava os problemas da interface metro em si, como não ser muito atraente e intuitivo, mesmo a Microsoft apostando alto no marketing do próprio sistema (isso só começaria a melhorar com o seu sucessor, o hoje conhecido como Microsoft Edge Legacy, que tentou mudar a abordagem e ficar mais robusto, porém não fez sucesso e também foi descontinuado em favor do atual Edge baseado no projeto Chromium, encerrando melancolicamente a tentativa de fazer um browser dentro dos padrões modernos de desenvolvimento).


Contudo, a Microsoft ainda não podia se dar ao luxo a abandonar os usuários da versão clássica do browser e, dando continuidade às novidades introduzidas na versão 9 (lançada em 2011 de forma avulsa para os usuários do Windows Vista e 7, e que trouxe várias novidades, como uma interface mais clean e novos recursos, como uma filtragem de conteúdo aprimorada), o Windows 8 veio com a versão 10, onde a versão de Área de Trabalho trouxe apenas alguns polimentos na interface, incluindo telas novas de erros de exibição (como sem internet ou esta página não pode ser exibida).

As maiores mudanças, porém, foram internas, de forma a tentar melhorar a compatibilidade com os sites, adicionando novos recursos como o HTML5 e uma versão própria do já também descontinuado plugin Flash Player, da Adobe, o que não melhorou muito a experiência para quem ainda usava o IE não apenas para baixar outro browser e nem ajudou a atrair os usuários de outrora de volta, já que a velocidade de atualizações era aquém a dos concorrentes e a integração do Windows já se mostrava uma grande dor de cabeça (o que não impediu a Microsoft de insistir no erro com o Edge Legacy e agora está tendo que manter dois motores de renderização e componentes relacionados, o Trident e o EdgeHTML).

Porém, isto não impediu da Microsoft de trazer, junto com o Windows 8.1, a derradeira versão 11 do sistema, que também trouxe poucas novidades, como o suporte inicial ao então protocolo SPDY (posteriormente rebatizado como HTTP/2) e a seção Ferramentas de Desenvolvedor repaginada, encerrando a história do velho browser, que ainda seria embarcado no Windows 10 sem grandes novidades e praticamente removido das versões semi anuais do Windows a partir de Junho de 2022 (por causa da integração com o Windows, ele ainda é acessível por determinados métodos, mas sem nenhuma integração e seu uso não é mais recomendado fora do IE Mode dentro do Edge Chromium), não afetando versões de longo suporte do Windows 10, nem os Server suportados.


Inclusive o IE 11 contou com um marketing específico para os asiáticos, trazendo uma personagem mascote, a simpática Inori Aizawa (não era a primeira investida da Microsoft neste tipo de abordagem, já que o Silverlight - um concorrente do Flash Player, já descontinuado - Windows 7 e o próprio 8 também tiveram mascotes por lá), que teve até um curta para promover a nova versão, que pode ser conferido clicando aqui.


Em Janeiro de 2016, a Microsoft fez uma mudança no ciclo de suporte do Internet Explorer, onde somente a última versão disponível para determinada versão do SO seria suportada (na prática, somente o IE 8 no XP, IE 9 no Vista, IE 11 no Seven seriam suportados) e é onde eu quero chegar: o Windows NT 6.2 não foi originalmente contemplado com a versão 11, ficando preso à versão 10 até 2020, onde recebeu o último patch, o 10.0.185, isto até 2019 onde, surpreendentemente, a empresa de Redmond se viu obrigada a lançar a versão 11 para o Server 2012 e Embedded 8 e, somente em 2022, foi descoberta em fóruns uma forma de instalá-lo no Windows 8.


Para isso, baixe os arquivos necessários aqui para adicionar os componentes do Embedded que permitirão a instalação do pacote do IE 11 no Windows 8. O efeito colateral é que a versão moderna do browser será perdida no processo, porém a versão da Área de Trabalho funcionará sem grandes problemas, inclusive podendo atualizá-lo normalmente com os últimos patches de segurança.

Windows PowerShell

Originalmente, o Windows 8 vem com a versão 3 do Windows Management Framework, que são recursos para gerenciamento e automação, onde entra o PowerShell, que trouxe novos comandos para auxiliar na gestão de tarefas e o SO de 2012 só conseguia atualizar até a versão 4, introduzida com o 8.1, pois as versões 5 e 5.1 eram exclusivas do Server 2012.

Até que um script foi lançado também em 2022 e permite, com o pacote de instalação do WMF 5.1 em mãos, a instalação no SO de 2012.

Dessa forma, a mesma versão disponibilizada para o Windows 7 e 8.1 também pode rodar no 8 sem grandes problemas.


Sendo, aliás, baseada numa compilação pós-lançamento do Windows 10 1607, cuja versão 5.1 do WMF foi a última da série legada do componente antes de se tornar código aberto.

Aqui o splash de abertura do PowerShell ISE, ambiente de automação e outros recursos avançados do Windows Management Framework.

Inclusive o WMF 5.1 no Windows 8 não tem a limitação existente do Seven, já que o sistema possui uma API que permite o funcionamento do comando Get-ComputerInfo, uma das novidades da versão do componente.

.NET Framework

Originalmente, o Windows 8 traz nativamente a versão 4.5 do componente, dando continuidade aos aprimoramentos iniciados na série 4.x, lançado em 2010, em paralelo com a versão 3.5 revisada para o sistema, permitindo a compatibilidade com programas mais antigos. o Windows 8.1, por sua vez, traz uma versão revisada, a 4.5.1.


Oficialmente, o Windows 8 só suporta até a versão 4.6.1, que foi descontinuado em 2022; contudo, graças ao pacote revisado para o Windows Server 2008 do 4.6.2, lançado em Junho de 2021 pelos mesmos motivos da compatibilidade do IE 11 para o Server 2012, é possível usar o mesmo pacote no SO de 2012.


Graças a isso, o suporte se estende a até 2027.

Deverá instalar sem grandes problemas. Para baixar o pacote revisado (NÃO o originalmente lançado em 2016), clique aqui.

Junto com ele, também dá para instalar o pacote de idiomas.

O pacote original, que também funcionará sem grandes problemas após a instalação do instalador principal, poderá ser encontrado aqui.


Em tese, como o . NET Framework 4.8 foi lançado exclusivamente para o Server 2012, pode ser possível instalá-lo no Windows 8 usando o mesmo método usado para o IE 11.


Contudo, há relatos de que a compatibilidade dos programas não é garantida e pode ter problemas de estabilidade, por isso não recomendo a instalação. Caso queria saber mais e tentar por sua conta e risco, leia aqui.

Sem o script ele dá o erro acima.


Ao tentar usar o instalador oficial, o erro acima é mostrado.


Outras informações


Diferente do Windows 10, que tem um app próprio da instalação de aplicativos modernos via sideloading (isto é, fora da loja, semelhante ao baixar um APK e instalá-lo fora da Play Store), no Windows 8.x a situação é mais complicada, já que não era uma prática oficial e acessível para usuários comuns e, mesmo para desenvolvedores, um certo nível de suporte, embora precário, só veio para o Windows 8.1, onde é necessário habilitar a Licença de Desenvolvedor (seja via PowerShell ou Visual Studio) e se autenticar, onde, em meus testes, isto não funcionou, provavelmente por não estar mais disponível.


Contudo, o recurso foi compatibilizado para o Windows 8 via atualização e permite, habilitando as políticas mostradas aqui e na imagem anterior, uma forma de instalação de apps fora da Loja, mesmo que seja uma prática desencorajada.



Se o instalador offline mostrado no início do artigo não mudou muito, o mesmo não se pode dizer do modo online, rodando em um sistema em execução, onde dá para perceber que ele pode ter sido a base utilizada para o novo instalador offline que estreou no Windows 11 24H2; além disso, foi descoberto por entusiastas, já estava no executável desde os betas do Windows 10, ainda em meados de 2014.


Caso queira usar um menu iniciar alternativo, recomendo o uso do app Open Shell, que pode ser baixado aqui.


Como o Windows 8 não tem o botão de Iniciar como o 8.1, para obter uma alternativa, baixe os arquivos necessários clicando aqui.


Assim, dá para emular a experiência semelhante ao que era no Windows 7 e ter o design revisado para os padrões do Windows 8.


Como comentei anteriormente, em favor do desenvolvimento das Tiles, os antigos Gadgets chegaram a aparecer em versões preliminares do Windows 8, porém foram removidos da versão final, principalmente pelos problemas de segurança que o recurso enfrentava. Contudo, se deseja trazer de volta este recurso, existe o projeto 8GadgetPack, que buscou resgatar os Gadgets para uso nas versões mais recentes do Windows, podendo ser encontrado clicando aqui.


Também em favor dos novos jogos feitos para a interface moderna, os velhos jogos feitos para o Vista e revisados no Seven também foram removidos do Windows 8, mas, se você tem saudades, você pode instalá-lo tanto no SO de 2012 quanto em versões posteriores através do pacote criado pela comunidade, clicando aqui.

Aqui demonstrei como o Office Starter 2010 funciona no Windows 8, destacando como a borda da janela tenta harmonizar com a imagem claramente pensada para o Windows 7. No mais, a versão do Office mais recente suportada é a 2016, sendo possível instalar a versão 365 até a versão 2002.

Se você não deseja depender do Internet Explorer, as notícias não são boas: junto com o Windows 7, os desenvolvedores resolveram levar para o caixão o 8.x junto e a última versão suportada do Mozilla Firefox é a 115, sendo que recebeu a modalidade ESR, de suporte estendido, com o fim programado até Setembro de 2024.

Quanto aos navegadores baseados em Chromium, a situação é ainda mais dramática: a última versão suportada do Chrome foi a 109, lançado em Janeiro de 2023, contudo, a Google surpreendeu e deu um suporte adicional de 9 meses para os usuários da linha Server 2012 (o que, na prática, era possível rodar no Windows 7 e 8.x, só que era necessário atualizar manualmente), ante ao suporte padrão de 1 mês de cada versão (só para citar, os outros derivados conhecidos, Brave, Opera e Vivaldi, não ofereceram suporte adicional, deixando os usuários dos sistemas anteriores ao Windows 10 a ver navios ainda em Fevereiro), encerrando em 28 de Setembro daquele ano.

Dessa forma, seguindo os passos da Google, a Microsoft também fez o mesmo com o seu Edge baseado em Chromium, só que, diferente da empresa de Mountain View, o sistema de atualização automática continuou funcionando, mesmo no Windows 7, contudo, encerrou um pouco antes da Google: em 14 de Setembro daquele ano.


Uma alteração bem vinda introduzida somente no 8.1 foi a possibilidade de pesquisar diretamente na Área de Trabalho, sem precisar redirecionar para uma tela própria, podendo usar a combinação WIN+S.


Com a ausência do Menu Iniciar, a Microsoft criou uma alternativa, acessível via comando WIN+X ou clicando com o botão direito sobre o canto da tela onde era o botão (ou no próprio botão, a partir do 8.1): um menu de opções que, inclusive, pode ser personalizado pelo aplicativo de terceiros encontrado aqui (muito útil, inclusive a partir das versões mais recentes do Windows 10, onde parte das opções ligadas ao Painel de Controle foram substituídas por opções ligadas ao app Configurações); porém, foi só a partir do 8.1 que o menu ganhou uma opção extra para desligamento.


Uma outra novidade, também agindo como substituto do msconfig é o modo de inicialização avançada, introduzido no Windows 8, onde era acessível, via configurações, diversos modos (até mais do que existia no antigo utilitário) para inicializar o sistema de forma diferente do padrão.

E, aqui, aproveito para citar uma das grandes alterações de segurança, que foi o bloqueio de instalação de drivers não assinados no sistema, onde era necessário selecionar a opção 7, conforme mostra a imagem acima; ao clicar em F10, mostra as opções de Recuperação citadas anteriormente.

Embora a Microsoft tenha dificultado o acesso às opções de desligamento, a velha janela de desligamento ao pressionar a combinação ALT+F4 ainda está presente, sem muitas novidades (apenas no 8.1 ela alterou a ordem das opções).


Além disso, especificamente para o idioma PT-BR, houve a alteração do texto Fazer Logoff para Sair.


Inclusive, a Microsoft trocou o texto de Encerrando e agora personalizou, dependendo da opção. Aqui, no caso, para reiniciar.

Caso haja atualizações pendentes, o texto praticamente é o mesmo do Windows 7.


Outra importante mudança do Windows não poderia de ficar de fora: a temida Tela Azul da Morte deixou de lado o formato antiquado do século passado e foi remodelada para parecer mais moderna e (talvez) assustar menos quem tem o azar de se deparar com ela...


E eu não poderia deixar de falar dela: a tela de bloqueio, uma das mudanças mais icônicas adotadas a partir do Windows 8, que foi baseado no visual do Windows Phone 7, sendo algo menos formal e, ao mesmo tempo, objetivo, indicando informações rápidas, como horário, dia, rede e bateria (podendo incluir informações definidas nas Configurações, como clima e lembretes de calendário).


Antes tarde do que nunca, esta é a tela de autenticação repaginada.

Basicamente teve o design adequado para os padrões da interface metro, mas funciona basicamente da mesma forma que no Windows 7.


Dando tudo certo, esta é a tela de boas vindas que será exibida. Uma curiosidade é que o Server 2012 manteve o logotipo na parte inferior da tela, imitando como era o Vista e o Seven (e as edições derivadas), enquanto, como mostrado acima, isso não ocorreu para a versão de consumidor final.

Este é o visual do menu avançado, acessível ao apertar a combinação de teclas CTRL+ALT+DEL, também bem semelhante ao formato do Windows 7.

A alteração de senha também segue as mesmas batidas.


E, por fim, desligando, caso queira encerrar o Windows...

Conclusão

Se você chegou até aqui, pode perceber que, com base no que eu apresentei, é possível dizer que não é tão simples falar sobre o legado que o Windows 8 deixou, já que grande parte das ideias que a Microsoft começou a tomar forma aqui fracassaram (algumas em curto prazo, como a não adesão dos desenvolvedores e do público em geral às novas ideias, que não viam vantagem em trocar o Windows 7 - cujos requisitos de hardware não tinham mudado, já acendendo o alerta de que a empresa de Redmond teria problemas semelhantes ao que ela enfrentou com o XP; ou longo prazo, como o plano de convergência entre PC e Smartphone, pela falta e apoio e, novamente, a limitação técnica em levar adiante planos tão audaciosos), servindo apenas como base para novas técnicas de desenvolvimento e modernização do Windows, preparando o sistema para o futuro.

E a rejeição ao sistema (semelhante ao que tínhamos visto com o ME e o Vista) foi tão significativa que, em determinado ponto, o Windows 8.x chegou a ter menos usuários que o XP, que já estava em fim de suporte (a linha Server 2012, por sua vez, teve um pouco mais de sorte e, graças às inovações, como um novo Gerenciador de Servidores e HyperV aprimorado, acabou ganhando certa adesão com o passar dos anos, semelhante ao que tinha acontecido com a linha Server 2008 e mesmo convivendo com ele, que também fez grande sucesso).

Particularmente, que fiz upgrade de uma máquina com o Seven, na época, não senti grande impacto e até gostei da experiência (embora notasse pelas atualizações e seu volume que o sistema não era tão estável quanto o antecessor), principalmente pelos recursos mais úteis, como o novo Explorador, o Gerenciador de Tarefas e menos pela parte "moderna", que não me atraía tanto (tanto que eu acabei não abordando em detalhes por aqui os outros aplicativos, pelo descaso da Microsoft no suporte a eles, atrapalhando meus testes); meu irmão, por sua vez, foi além e teve um notebook com tela sensível ao toque preparado para uso com o Windows 8 e o utilizou, sem grandes problemas, até o final oficial do suporte do 8.1, em 2023, mesmo sofrendo, a partir de 2017, o problema do abandono da Loja e da dificuldade de atualizar os apps.

Abaixo, como de costume, estão os links que complementam este artigo:

E você, o que achou do Windows 8? Já conhecia ou já usou? O que mais te chamou a atenção, seja de bom ou ruim, melhor ou pior que outras versões do Windows? Não deixe de postar seus comentários.

No mais, agradeço mais uma vez pela atenção e continue ligado no Blog de Bruno A. Vieira. Até a próxima!